No dia 4 de abril de 2021, um avião bimotor Embraer EMB-711C modelo Corisco III, de propriedade do empresário José Fernando de Faria, caiu em um bairro residencial em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Brasil. A aeronave estava se aproximando do Aeroporto Carlos Prates quando perdeu contato com a torre de controle e caiu sobre algumas casas, causando a morte instantânea de todas as seis pessoas a bordo e de uma pessoa que estava em casa no momento da queda.

O acidente chocou a população local e gerou grande comoção. Logo após o acidente, as autoridades iniciaram uma investigação para determinar as causas do acidente e avaliar se houve negligência ou irregularidades por parte do proprietário da aeronave, da equipe técnica ou do órgão regulador.

De acordo com informações divulgadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o avião estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencida desde dezembro de 2020 e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estava suspenso desde o mesmo mês. Além disso, o piloto não estava habilitado para voar naquele tipo de aeronave. Essas informações levantaram dúvidas sobre a segurança da operação da aeronave e a responsabilidade dos envolvidos no acidente.

Durante as investigações, foram analisadas as gravações das últimas conversas entre o piloto e a torre de controle, os registros de manutenção da aeronave e os laudos periciais realizados nos destroços do avião. Com base nessas informações, as autoridades concluíram que o acidente foi causado por um problema no motor da aeronave. No entanto, a falta de manutenção adequada e as falhas nos procedimentos de inspeção das autoridades responsáveis também foram apontados como fatores que contribuíram para a tragédia.

A investigação do acidente revelou graves falhas na fiscalização e na segurança aérea no Brasil. O país possui um grande número de aeronaves em circulação, muitas delas com manutenção inadequada e operadas por pessoas sem a devida habilitação. Além disso, há uma falta de investimento na infraestrutura aeronáutica e na capacitação dos profissionais envolvidos na aviação civil. Esses fatores comprometem a segurança dos voos e colocam em risco a vida de passageiros e tripulantes.

Para prevenir futuros acidentes aéreos, é necessário que o governo brasileiro invista na modernização e na capacitação dos órgãos reguladores, na melhoria da infraestrutura aeroportuária e na adoção de medidas mais rigorosas na fiscalização da operação de aeronaves. Além disso, é importante que os proprietários de aeronaves e as empresas de aviação civil assumam sua responsabilidade perante a segurança dos voos e cumpram rigorosamente as normas de manutenção e segurança.

O acidente de avião em Belo Horizonte foi uma tragédia que deixou seis famílias enlutadas e alertou para a importância da segurança aérea no Brasil. As autoridades devem agir com rigor para que casos como este não se repitam e a população possa confiar na segurança dos voos em todo o país.